Quando é a hora certa de acionar a cobrança judicial?
18/Aug/2025
A cobrança judicial é uma etapa decisiva dentro do processo de cobrança empresarial, especialmente em situações de inadimplência B2B persistente. Apesar de ser vista como um último recurso, ela cumpre um papel estratégico dentro da recuperação de crédito, principalmente quando ações anteriores — como o protesto de dívida — não surtiram efeito.
Neste artigo, vamos analisar quando é o momento certo de recorrer à via judicial, quais os cuidados necessários e como uma assessoria especializada pode tornar esse caminho mais seguro e eficiente.
Entendendo o que é cobrança judicial
A cobrança judicial é o procedimento legal em que o credor aciona o Poder Judiciário para exigir o pagamento de uma dívida. Esse processo pode envolver desde ações de execução até ações monitórias ou ordinárias, dependendo do tipo de título e do histórico da cobrança.
Antes de chegar a esse ponto, porém, é comum que as empresas tentem resolver a inadimplência por meio da cobrança extrajudicial — que abrange ações como envio de notificações, negociações amigáveis e protestos. Enquanto a via extrajudicial visa recuperar o crédito sem interferência judicial, a cobrança judicial envolve o uso formal da lei para garantir os direitos do credor.
Se quiser se aprofundar em cada modelo, recomendamos a leitura dos artigos: Como funciona a recuperação extrajudicial e Como funciona a recuperação judicial.
Sinais de que é hora de acionar a via judicial
Alguns sinais indicam que a cobrança judicial pode ser o próximo passo mais eficaz. Entre eles, estão:
- O devedor ignora todas as tentativas de contato e negociação extrajudicial;
- Os valores envolvidos são altos e representam impacto significativo no fluxo de caixa;
- Há histórico recorrente de inadimplência com a mesma empresa;
- A dívida já foi protestada e mesmo assim não houve retorno;
- Existem indícios de que o devedor está tentando dificultar a recuperação.
Nesses casos, a cobrança judicial não apenas aumenta a pressão sobre o devedor, mas também pode viabilizar bloqueios, penhoras ou outras medidas legais para garantir o pagamento.
O tempo ideal para iniciar o processo
Não existe um prazo exato e universal, mas o bom senso — aliado à análise estratégica — deve prevalecer. Em média, se após 90 dias de inadimplência as ações extrajudiciais não resultarem em solução, é recomendável iniciar a análise para a cobrança judicial. Entretanto, é essencial considerar o valor da dívida, o perfil do cliente e o custo-benefício da ação antes de tomar essa decisão.
A documentação também é determinante. Contratos assinados, registros de comunicação, comprovantes de entrega, boletos vencidos… tudo isso serve como base para comprovar a existência e legitimidade da dívida. Sem esses elementos, a ação judicial corre o risco de ser indeferida ou levar mais tempo para ser julgada.
Entrar com uma ação judicial envolve riscos e custos que precisam ser ponderados. Entre os principais, estão:
- Taxas judiciais (custas processuais);
- Honorários advocatícios;
- Tempo de tramitação, que pode variar bastante;
- Possibilidade de o devedor não possuir bens penhoráveis.
Por isso, é essencial avaliar cada caso com cautela e com o apoio de profissionais especializados, evitando ações inócuas ou com baixa probabilidade de sucesso.
Quando a cobrança judicial é mais eficaz
A cobrança judicial tende a ser mais eficiente quando a empresa possui documentos que comprovam claramente a dívida — como contratos, notas fiscais, boletos e comunicações. Também é indicada em casos onde o devedor possui patrimônio identificado, facilitando uma eventual execução. Para dívidas de valor elevado, o processo judicial pode inclusive ser uma ferramenta de negociação mais contundente.
Mas, importante: ao acionar a Justiça, a relação comercial com o cliente tende a se encerrar ou, ao menos, ser profundamente afetada. A formalização do conflito sinaliza ruptura de confiança e dificulta a retomada de negociações futuras. Por isso, essa decisão deve ser bem pensada e baseada em critérios objetivos, não apenas emocionais.
Contar com uma assessoria especializada em cobrança empresarial faz toda a diferença! Profissionais experientes analisam o cenário com precisão, estruturam a estratégia ideal, organizam a documentação e evitam erros que podem comprometer a ação. Além disso, uma assessoria pode acompanhar o processo de ponta a ponta, reduzindo riscos e aumentando as chances de sucesso.
Na Consulth, entendemos que a cobrança judicial deve ser tratada como parte de uma estratégia mais ampla de recuperação de crédito. Com uma equipe experiente, foco em grandes operações e total conformidade legal, ajudamos sua empresa a agir no momento certo, com segurança e eficiência.
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